A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, afastou rumores, nesta segunda-feira (24) sobre eventual mudança no comando da pasta e afirmou que está “trabalhando tranquilamente”. Ela disse ainda que até o momento nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e “nenhum interlocutor do governo” trataram desse tema com ela.
A pasta da Ciência e Tecnologia é um dos ministérios cobiçados pelo Centrão. Em agosto, o presidente Lula deve fazer uma minirreforma para acomodar novos aliados, entre eles as siglas PP e Republicanos.
Ambas as legendas apoiaram o ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 e se colocam como oposição à gestão petista. Porém, a expectativa é que cada uma passe a comandar um ministério.
Nesse sentido, o Palácio do Planalto avalia quais pastas ceder e quais auxiliares do Alto Escalão podem ser remanejados para outras pastas.
Os indicados do Centrão são os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que já se reuniram, na semana passada, em reuniões separadas, no Planalto, com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política.
“Nós estamos trabalhando tranquilamente. Estamos tocando. A questão da política, é o presidente que está cuidando. E nenhum momento o presidente ou qualquer interlocutor do governo tem conversado esse assunto comigo”, disse Luciana Santos a jornalistas após cumprir agenda no Palácio do Planalto com representantes da Nasa e da embaixada dos Estados Unidos.
O presidente Lula disse recentemente que não abrirá mão do Ministério da Saúde e também do Desenvolvimento Social (responsável pelo Bolsa Família). Ainda assim, o Centrão sinalizou que não ficaria com pastas com pouca tinta na caneta. Diante disso, eles miram: o Ministério do Esporte (Ana Moser) e Ciência e Tecnologia (Luciana Santos).
O Palácio do Planalto avalia trocar o comando do Ministério do Desenvolvimento Comércio e Indústria (MDIC), que atualmente é chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). A saída seria passar o MDIC para Márcio França (PSB), que atualmente é ministro de Portos e Aeroportos. Dessa forma, a pasta de Márcio França entraria na mesa de negociação com o Centrão.
Na semana passada, questionado se aceitaria ceder o MDIC, Alckmin respondeu à reportagem de O TEMPO dizendo que “cargo de ministro é de confiança do presidente da República e é ele quem decide”.
