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Hidrossalpinge e infertilidade: Entenda a condição tubária que pode comprometer a fecundação

Oluwatosin Tolulope Ajidahun detalha como a hidrossalpinge afeta as trompas e dificulta a gravidez.

Segundo Oluwatosin Tolulope Ajidahun, muitas mulheres descobrem a hidrossalpinge apenas ao investigarem a infertilidade, já que a condição pode se desenvolver silenciosamente. Trata-se de uma alteração nas trompas de Falópio que, além de dificultar a concepção natural, pode comprometer os resultados de tratamentos como a fertilização in vitro (FIV).

A hidrossalpinge ocorre quando uma ou ambas as trompas se encontram obstruídas e dilatadas, acumulando líquido no interior. Essa alteração interfere diretamente na fecundação, pois impede a passagem do óvulo e do espermatozoide. Além disso, o líquido retido pode conter toxinas inflamatórias que prejudicam o endométrio e dificultam a implantação embrionária, mesmo quando há fertilização em laboratório.

O que causa a hidrossalpinge e quais são os sintomas?

Essa condição geralmente é consequência de infecções pélvicas anteriores, como doença inflamatória pélvica (DIP), clamídia ou gonorreia. Também pode estar relacionada à endometriose, apendicite com complicações ou cirurgias abdominais prévias que provocaram aderências na região pélvica. Em muitos casos, a mulher não apresenta sintomas evidentes, o que torna o diagnóstico tardio.

No entanto, quando há manifestações clínicas, elas podem incluir dor pélvica crônica, desconforto abdominal constante, corrimento vaginal e, principalmente, dificuldade em engravidar. Tosyn Lopes frisa que a ausência de sintomas não exclui a possibilidade da condição, por isso a investigação por imagem é tão importante em casos de infertilidade sem causa aparente.

Condições tubárias como a hidrossalpinge exigem atenção: a visão de Oluwatosin Tolulope Ajidahun sobre diagnóstico e tratamento.
Condições tubárias como a hidrossalpinge exigem atenção: a visão de Oluwatosin Tolulope Ajidahun sobre diagnóstico e tratamento.

Como a hidrossalpinge afeta a fertilidade?

As trompas de Falópio têm papel central na fertilização: é nelas que o espermatozoide encontra o óvulo para formar o embrião. Quando estão obstruídas, essa união não acontece. Somado a isso, o líquido acumulado na trompa pode “refluir” para o útero, interferindo negativamente no ambiente endometrial e reduzindo as chances de implantação do embrião.

Oluwatosin Tolulope Ajidahun explica que mesmo quando a fertilização ocorre por FIV, a presença da hidrossalpinge pode comprometer os resultados, pois o líquido inflamatório pode alterar o pH uterino, afetar a receptividade endometrial e até mesmo levar à falha de implantação ou abortamentos precoces.

Como é feito o diagnóstico da hidrossalpinge?

A avaliação geralmente começa com exames de imagem. A histerossalpingografia é um dos mais utilizados e permite visualizar as trompas com auxílio de contraste, identificando obstruções, dilatações e refluxo. A ultrassonografia transvaginal também pode mostrar sinais indiretos da condição, especialmente quando associada ao uso de doppler.

Em casos de dúvida ou investigação mais aprofundada, a videolaparoscopia pode ser indicada. Esse procedimento, minimamente invasivo, permite a visualização direta das trompas e, se necessário, a intervenção cirúrgica no mesmo ato. Tosyn Lopes comenta que o diagnóstico preciso é essencial para definir o melhor plano terapêutico e aumentar as chances de sucesso reprodutivo.

Tratamento da hidrossalpinge: quais são as opções?

O tratamento depende da gravidade da condição e do desejo reprodutivo da mulher. Quando há intenção de engravidar, especialmente por fertilização in vitro, a retirada da trompa comprometida (salpingectomia) costuma ser indicada, pois melhora significativamente as taxas de implantação e de gravidez.

Em alguns casos, é possível tentar a cirurgia reconstrutiva da trompa, embora os resultados não sejam tão promissores quanto na FIV. De acordo com Tosyn Lopes, o histórico da paciente, idade, reserva ovariana e existência de outras alterações reprodutivas são critérios fundamentais para definir o caminho mais adequado.

Prevenção e cuidados com a saúde reprodutiva

Prevenir a hidrossalpinge envolve cuidados com a saúde ginecológica, especialmente a prevenção e o tratamento precoce de infecções sexualmente transmissíveis. O uso de preservativos, o acompanhamento regular com ginecologista e a atenção a infecções pélvicas são essenciais para proteger a função das trompas.

Oluwatosin Tolulope Ajidahun ressalta que, diante de qualquer dificuldade para engravidar, é importante considerar a avaliação das trompas. Muitas vezes, o problema está em estruturas que não causam dor, mas que silenciosamente impedem a concepção. O diagnóstico precoce é a chave para tratamentos mais eficazes e resultados mais positivos.

Autor: Maxim Fedorov

As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.

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