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Após casos de cegueira, Anvisa proíbe venda de todas as pomadas para modelar e trançar cabelos

De acordo com anúncio feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira, 10, todas as pomadas para modelar e trançar cabelos estão com a comercialização proibida. Enquanto a medida estiver em vigor, nenhum lote de qualquer um desses produtos pode ser comercializado e não deve ser utilizado por consumidores e profissionais de beleza. Mesmo sem determinação de recolhimento dos produtos, a agência recomendou que os exemplares adquiridos anteriormente e existentes nas residências ou em salões de beleza também não devem ser utilizados neste momento. De acordo com o comunicado emitido pela Anvisa, a decisão é resultado de uma avaliação de risco e foi adotada tendo em vista o aumento do número de casos de efeitos indesejáveis graves associados ao uso desse tipo de produto. Em Pernambuco, centenas de pessoas notificaram casos de cegueira temporária ou queimaduras nos olhos associados ao uso de produtos desse tipo.

A agência afirmou que entre os eventos relatados pelos usuários estão a perda temporária da visão, forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça. Segundo as informações da Anvisa, os eventos ocorreram principalmente com pessoas que tomaram banhos de mar, piscina, ou mesmo de chuva após terem feito uso de pomadas para modelar e trançar cabelos. A interdição cautelar é uma medida preventiva e temporária para proteger a saúde da população e permanece vigente enquanto são realizados testes, provas, análises ou outras providências requeridas para a investigação e conclusão do caso.

“A avaliação de risco feita pela Anvisa em conjunto com o Ministério da Saúde e vigilâncias sanitárias locais indica que, diante do número de ocorrências, distribuição geográfica e diversidade de marcas envolvidas, a medida mais segura é interditar estes produtos até que todas as providências possíveis sejam adotadas para evitar novos eventos”, declarou a agência reguladora. De acordo com o comunicado, a Anvisa e os órgãos de vigilância sanitária estaduais e municipais seguem investigando os casos, os produtos associados e as empresas fabricantes: “A agência continuará publicando medidas preventivas específicas para determinadas empresas e produtos, à medida que a investigação fornecer mais evidências”.

A Anvisa recomendou também que médicos que fizerem o atendimento de pacientes com quaisquer efeitos indesejáveis à saúde supostamente relacionados com o uso de produtos para trançar e modelar os cabelos ou de outros produtos cosméticos notifiquem o caso ao órgão regulador. Também foram emitidas uma série de recomendações para consumidores e salões de beleza.

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